Segundo o censo americano, a geração dos
millennials tornou-se o fulcro da economia dos EUA, mas há questões sem resposta. Não investem no mercado de acções. Não constituem famílias e nem compram casas. Vivem com os pais mesmo muito depois dos trinta anos. Segundo a análise dos dados do FED, a renda média é 40.581 dólares-ano. Ganham 20% menos do que os
baby-boomers no mesmo estágio da vida. Apesar de serem mais instruídos. A análise divulgada na sexta-feira mostra inúmeras outras tendências perturbadoras, que confirmam que a divisão geracional da América é real e explica muito da ansiedade que definiu as eleições de 2016. Os
millennials têm metade do património líquido dos
boomers. A sua taxa de propriedade é mais baixa e a sua dívida de estudantes drasticamente mais elevada. Isto é um dilema central para a presidência de
Donald Trump, que prometeu um retorno à prosperidade do pós-Segunda Guerra Mundial. A análise também aponta para as questões da cultura e da identidade que dividiu muitos eleitores, revelando que os
millennials brancos - que ganham muito mais do que seus pares negros e latinos - viram os seus rendimentos cair em relação ao boomers. Os dados do FED mostram a extensão do declínio. A educação ajuda a aumentar os rendimentos. Mas o
millennial médio com educação universitária e uma dívida estudantil ganha um pouco mais do que um
boomer sem instrução ganhava em 1989. "Apesar da narrativa recorrente de
Obama de uma "recuperação" económica que, infelizmente, ignorou cerca de 75,4 milhões de americanos e das promessas de
Trump, ainda não está claro como essa geração americana emergirá das suas características demográficas e económicas estagnadas" (
Tyler Durden). O desenho é de
Raymond Pettibon.
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