A foice e o martelo eram, e ainda são, o emblema dos movimentos comunistas em todo o mundo. Foram originalmente concebidos durante a Revolução Russa para significar a união dos camponeses e dos trabalhadores industriais na luta contra o capitalismo. É um olhar nostálgico do passado. O comunismo morreu basicamente com a queda do muro de Berlim, mas faz parte da cultura russa. A marca francesa
Vetements, sob a direcção do designer
Demma Gvasalia que é também director artístico da
Balenciaga, fez uma parceria com
SVMoscow e criaram uma edição reduzida do hoodie vermelho com o emblema da política icónica na manga que custa 660 euros. Não é a primeira vez que o comunismo se tornou uma obsessão da moda. Em meados dos anos 2000, o estilista russo
Denis Simachev ganhou notoriedade por combinar distintivos militares soviéticos com peles, flores de ouro e personagens de desenhos animados russos. O jovem
Gosha Rubchinskiy também reintroduziu símbolos russos e soviéticos nas suas peças que alcançaram sucesso na cultura visual mundial. Confrontam-se opiniões contrárias sobre isto. Há quem fique indignado por "estarem a abandalhar um legado do regime soviético" e os que acham importante dessacralizar uma relíquia do passado. Sem complexos. Países como a Geórgia, Hungria, Letónia, Lituânia e Ucrânia proibiram todos os símbolos de "ideologia totalitária e criminosa" e a exposição pública do martelo e da foice, da estrela vermelha e de outros símbolos comunistas que consideram uma ofensa criminal. Na verdade é mais uma apropriação da sociedade de consumo. Da sociedade de espectáculo onde a cultura das celebridades que dão palpites sobre tudo se impôs. Merda, merda!
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