Sterling Ruby

A arte blue-chip adorna actualmente muitas endereços sofisticados de Manhattan.  Temos o Balloon Bunny de Jeff Koons no número 51 da Astor Place, a instalação Light Box de James Turrell no lobby do 505 Fifth Avenue, a gigante Pumpping em bronze de Yayoi Kusama no Sky Building da West 42. Mas poucos têm levado ao extremo o que Sterling Ruby, um dos artistas contemporâneos mais deslumbrantes que surgiram em Los Angeles nos últimos anos, fez na sede da Calvin Klein do 205 West 39th Street. Trata-se de duas obras que foram instaladas no escritório da marca, em Nova Iorque. Uma delas é uma instalação permanente no hall do imponente edifício Art Deco e a outra foi colocada no 12º andar, no local onde aconteceu o primeiro desfile do estilista Raf Simons e actual showroom. Uma terceira obra será adquirida ainda este ano. É o reconhecimento do trabalho incrível de Ruby que coincide com a sua nova exposição na galeria Gagosian. "Quando Raf me convidou para trabalhar nestes projectos na Calvin Klein, deu-me total liberdade criativa. Mas eu também pensei no que a empresa significava e no que representava. Pensei na América", disse o artista que alguns comparam a David Foster Wallace. Um poeta das artes visuais que, além de cerâmicas, vídeos, esculturas e pinturas, também faz as suas próprias roupas há quase uma década. A colaboração com Raf Simons data de 2008, quando projectou o interior da loja do estilista belga em Tóquio. Nascido há 45 anos numa base militar dos EUA na Alemanha, filho de pai americano e mãe holandesa, cresceu na Pensilvânia rural. Perto da comunidade Amish. Depois de se graduar no Art Institute of Chicago, matriculou-se no Center College of Design, em Pasadena, onde se tornou assistente de Mike Kelly. A partir de 2004, depois da sua primeira exposição individual na galeria Marc Foxx em Los Angeles, teve uma ascensão meteórica. Um homem renascentista com uma paleta apocalíptica e uma produção prodigiosa que, além dos objectos de arte, atravessa a moda e o design de interiores.