A Catalunha continua a pressionar com o seu movimento de independência. Mas não é a única região da União Europeia a ter exigências. Há mais sete regiões que podem causar a fragmentação numa Europa já debilitada. A Escócia já teve um referendo histórico sobre deixar o Reino Unido. A primeira ministro
Nicola Sturgeon, chefe do Partido Nacional Escocês que é pró-independência, criticou abertamente a actuação da polícia espanhola em Barcelona. No centro da oligarquia da UE, a Bélgica é tudo menos um estado unificado. Criada em 1830 como uma nação independente para actuar como um amortecedor entre a França e a Alemanha, é uma mistura de um norte-conservador flamengo e de sulistas franceses, de esquerda. O sentimento nacionalista flamengo é mais poderoso do que nunca e a separatista
New Flemish Alliance (N-VA) tornou-se um parceiro chave no governo da coligação. Defende a criação de uma república flamenga e durante as eleições de 2018 pode ter a sua chance. Em Espanha, os bascos voltaram à carga. O grupo separatista ETA, fundado em 1959, depois de uma violenta campanha saldada em 829 mortes, desarmou-se em Abril deste ano. Mas agora os membros da ETA formaram um partido político basco franco-espanhol chamado
Sortu. Apoiou o referendo na Catalunha e
Inigo Urkullu, o presidente regional, pediu o reconhecimento das nações catalãs e bascas. Com uma população de aproximadamente 280 mil pessoas, a Nova Caledónia deverá realizar um referendo em Novembro de 2018 para sair da França. Este arquipélago do Pacífico Sul tem um quarto dos recurso mundiais conhecidos de níquel. A Córsega, com uma população de 330 mil pessoas, também se quer separar da França. A Frente de Libertação Nacional da Córsega (FLNC) desistiu da luta armada em Junho de 2014 e agora propôs uma solução política para as suas demandas. A Assembleia da Córsega destacou "a legitimidade indiscutível do governo da Catalunha". Com uma população de 48 mil habitantes, as
Ilhas Faroé da Dinamarca realizarão um referendo em Abril de 2018 sobre uma nova constituição visando a autodeterminação. Lombardia e Veneto, as regiões ricas do norte da Itália preparam-se para realizar referendos consultivos não vinculativos em 22 de Outubro.
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