sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Boyd Rice

A galeria Greenspon de Nova Iorque cancelou uma exposição que tinha agendada com Boyd Rice,  artista e músico do noise de vanguarda, depois de receber e críticas de colegas do mundo da arte. As alegações apontam para alegadas simpatias nazis. Amy Greenspon, dona da galeria da West Village, decidiu cancelar o programa, que também incluiria o trabalho do artista Darja Bajagić. De facto, Rice tem enfrentado persistentes acusações de fascismo ao longo dos anos. Uma foto de 1989 no jornal de música alternativa Sassy Magazine mostra-o segurando um canivete, ao lado do famoso supremacista branco e fundador da American Front, Bob Heick. Também surgiu num programa de televisão com o ex-líder da supremacia e ex-líder da Klan, Tom Metzger.  "As pessoas veem a palavra  nazi ou racista e ficam emocionadas. Dizem essas coisas mas não sabem nada sobre mim e não estão familiarizadas com as coisas que eu fiz", comentou Rice. Afirmou ainda que conheceu Heick, o líder da American Front, durante 15 minutos há anos atrás, mas nunca fez parte de sua organização. As obras de Rice que seriam incluídas na exposição são pinturas abstratas em preto e branco. Segundo o artista " não têm absolutamente nenhum conteúdo político".
No mês passado, a Galerie Kleindienst de Leipzig, na Alemanha, deixou cair um de seus artistas de longa data. Representou Axel Krause durante 13 anos e rejeitou-o com base numa série de postagens anti-imigração no Facebook. O pintor escreveu: "Nós seremos uma minoria em nosso próprio país!"e declarou seu apoio ao partido de extrema-direita Alternaive für Deutschland (AfD).

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