sábado, 15 de setembro de 2018

Media americana

O jornalista Glenn Greenwald, fundador da The Intercept que que trabalhou na defesa de Edward Snowden, expôs a espionagem doméstica ilegal do governo americano, explicando esta semana como funciona a media' e a supressão de perspectivas alternativas, especialmente quando se trata de reportar a política externa americana. Criticou o estado corrupto da media do establishment: "O papel da media, como sempre com as guerras dos EUA, tem sido suprimir, ignorar, justificar ou propagandear, sublinhou Greenwald que destacou uma das entrevistas mais impressionantes já veiculadas na CNN, ligada à guerra do Iêmen. "É uma impressionante história de notícias que rivaliza com as infames palavras de Madeleine Albright durante uma aparição no programa 60 Minutes em  1996, onde ela calmamente e friamente proclamou sobre 500.000 crianças iraquianas mortas que "o preço valia a pena". Greenwald ressuscitou da obscuridade da internet, Wolf Blitzer da CNN que criticou a oposição do senador Ron Paul a uma proposta de venda de armas no valor de 1,1 bilião de dólares à Arábia Saudita, argumentando que o abate de civis iemenitas "valia a pena", desde que beneficie empregos nos EUA e empreiteiros da defesa. Na época da  entrevista da CNN de 2016, a Arábia Saudita, com a ajuda de seus aliados regionais e ocidentais - sobretudo os EUA e a Grã-Bretanha - bombardearam o Iêmen durante ano e meio. A coligação foi responsável pela maioria das mortes de 10.000 mortes, em sua maioria civis. "A personalidade da CNN que sugeriu que os EUA deveriam continuar a armar os sauditas para destruir o Iêmen para maximizar os lucros da indústria de defesa - Wolf Blitzer - está na lista "permitida. No esquema de decidir quem é bom e quem é mau que peso damos aos que ajudaram os sauditas a destruir o Iêmen e criar uma das piores crises humanitárias do mundo contra os que tentaram impedir isso? Que papel a media americana heroica desempenhou nisso?

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