Black Bloc

Os jornais portugueses não informa. É corta e cola e ao nível das opiniões são de uma pobreza constrangedora. Afinal o que sãos black blocks que surgem nas manifestações dos coletes amarelos.  Trata-se um movimento autônomo nascido na antiga RFA na década de 1980  e que queria defender as "áreas de vida coletivas" contra as investidas das policias consideradas ilegítimas  Tornou-se um actor político notado internacionalmente, e como resultado, um modo de operação imitável e universalizável, a  partir de 1999, durante a contra-cúpula da OMC em Seattle . Vestem-se de negro e recorrem à acção directa. Nem partidos nem sindicatos, sem existência legal e resultante da reunião efêmera de um certo número de atores políticos que não necessariamente se conhecem, mas que vêm das fileiras da extrema esquerda "extra-parlamentar" anti-capitalista e antifascista ."Aqueles que decidem agir juntos, reunindo-se momentaneamente no espaço público para formar um "bloco negro", formam "grupos de afinidade". Negam qualquer cadeia de comando e defendem a violência revolucionária. Assumem uma  forma de insubordinação contra a lei, o consentimento para se posicionar à margem da legalidade. No entanto, ao contrário dos discursos assustadores  de alguns comentadores ou dos serviços de inteligência, esses activistas nunca recorem à luta armada clandestina nas sociedades democráticas e liberais.
 Da mesma forma, no que diz respeito aos militantes formando "blocos negros", é notável que eles nunca vêm em protesto com armas de fogo com a intenção de causar a morte de um ou mais polícias, mas com instrumentos que consistem exclusivamente de armas como pedras, garrafas, fogos de artifício que certamente causam lesões mais ou menos graves aos funcionários públicos,  mas que, no entanto, permanecem de baixa intensidade.  Atacam o "modo de produção capitalista" ( bancos , companhias de seguros, agências imobiliárias, lojas de luxo), consumismo e excesso "burguês". Ou seja, tudo o que incorpora, aos olhos desses militantes revolucionários, o  "reinado da mercadoria"  e o da propriedade privada e lucrativa. Desejam que as sociedades modernas não sejam mais governadas pela "moralidade do interesse privado" e pela "competição do egoísmo" para usar as expressões caras ao  filósofo Alain Badiou . Os back Bloc são diferentes dos Antifas (americanos) que se opõem aos supremacistas brancos, combatendo qualquer forma de racismo e sobretudo a extrema direita.  Acabam por ser ideológicos no sentido dos supremacistas. Não combatem o capitalismo nem o status quo. Normalmente apoiam os democratas na USA e o politicamente correcto.