domingo, 19 de julho de 2020

Avery Singer





Aos 31 anos, a artista Avery Singer tornou-se uma estrela no universo das artes plásticas. A menina querida dos colecionadores e dos curadores, é a artista mais bem sucedida da geração millenial. A sua cotação subiu num ápice, tornou-se a galinha dos ovos de ouro do mercado da arte. Foi incluída na Bienal de Veneza de 2019 por Ralph Rugoff e cada vez mais solicitada para as grandes exposições internacionais. As suas obras atingem nos leilões mais 800 mil dólares, atendendo a que em 1992 era uma principiante desconhecida. Eu gosto muito do trabalho dela que assenta num processo inovador, mistura alta tecnologia com os clássicos da pintura. Recentemente criou imagens de grande dimensão, utilizando um sofisticado software de modelagem, retocando as telas com uma impressora controlada por computador. Avery explora um estilo geométrico e quadriculado que se tornou a sua assinatura. Os ecos de construtivismo e de futurismo tornam as imagens ainda mais reconhecíveis. As suas pinturas transpiram humor. Numa entrevista recente, ela referiu Mel Brooks como uma das suas maiores influências, tal como comediantes como Woody Allen e Zero Mostel. O sarcasmo incorporado no seu trabalho é geralmente voltado para os estereótipos do mundo da arte. Incide numa visão satírica da indústria da arte e das suas convenções. Tanto desconstrói a figura do artista romântico como zomba da linguagem enigmática (ilegível) de muitos escritos de arte. Depois de estar três anos na Gavin Brown Enterprise, Avery mudou-se agora para a galeria Hauser & Wirth que tem outro poder de fogo.

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