Philip Kindred Dick morreu em 2 de Março de 1982. Sofreu um acidente vascular cerebral e esteve em coma no hospital até as máquinas serem desligadas. Cerca de três meses depois da sua morte, o filme
Blade Runner baseado no livro
Do Androids Dream of Electric Sheep?, estreia nos cinemas. Foi um fracasso crítico e comercial.
Pauline Kael declarou que "se alguém chegar com um teste para detectar humanóides, talvez
Ridley Scott e os seus associados se escondam". Outros críticos qualificaram-no de "confuso, pretensioso e deprimente". Embora Dick não tenha vivido para ver o filme acabado, o realizador
Ridley Scott convidou-o para uma exibição privada de vinte minutos de metragem de efeitos especiais. "Como isso é possível? O ambiente é exactamente como eu o imaginei. Como sabia o que eu estava sentindo e pensando?, comentou excitadíssimo. E escreveu uma carta à
Ladd Company apoiando filme: Sem dúvida que o escritor estava em sintonia com os seus contemporâneos
RD Laing da anti-psiquiatria e os teóricos
Gilles Deleuze e
Félix Guattari que consideravam a paranóia e a esquizofrenia como os sintomas de uma cultura que se tornara intrinsecamente doente. E agora chegou
Blade Runner 2049.
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