O fracasso da mídia do establishment na defesa de
Julian Assange que ficou preso na embaixada equatoriana em Londres desde 2012 e sem comunicação com o mundo exterior desde Março. Agora parece estar enfrentando uma iminente expulsão e prisão. É surpreendente. A extradição da editor - a meta maníaca do governo dos EUA - estabeleceria um precedente legal que criminalizaria qualquer supervisão jornalística ou investigação do Estado corporativo. Transformaria vazamentos e denúncias em traição. Isso encobria em total segredo as ações das elites globais dominantes. Se Assange for extraditado para os Estados Unidos e condenado, o
New York Times, o
The Washington Post e todas as outras organizações de mídia, por mais morna que fosse sua cobertura do Estado corporativo, estariam sujeitos à mesma censura draconiana. Há sinais crescentes de que o governo de
Lenín Moreno se prepara para despejar Assange e entregá-lo à polícia britânica. Moreno e o seu ministro das Relações Exteriores,
José Valencia, confirmaram que estão em negociações com o governo britânico para "resolver" o destino de Assange. A sua única esperança seria uma passagem segura para a Austrália, a sua terra natal, ou outro país que se disponha a dar-lhe asilo. Moreno, que visitará a Grã-Bretanha dentro de poucas semanas, qualifica Assange de "problema herdado" e "pedra no sapato" e referiu-se a ele como um "hacker". Assange não é mais bem-vindo no Equador. O ex- presidente Rafael Correa, que concedeu asilo a Assange na embaixada e fez dele um cidadão equatoriano no ano passado, advertiu que os "dias de Assange estavam contados". Acusou Moreno - de ter cortado as comunicações de Assange depois de ter recebido uma delegação do Comando Sul dos EUA.
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