Quem diria.
A Mary Boone Gallery já cumpriu 41 anos. Nascida na Pensilvânia em 1951, a criadora deste projecto revolucionou o mundo da arte de Nova Iorque. Resistiu, desafiou, sobreviveu aos sobressaltos e continua ainda no jogo. Para quem entrou na vida "sem um plano B", como disse numa entrevista, conseguiu manter duas galerias e intervir na cultura. Representou em várias épocas artistas como Ai Weiwei, Sigmar Polke, Jeff Koons, Julian Schnabel, David Salle, Brice Marden, Anselm Kiefer, Eric Fischl e Jean Michel Basquiat, Barbara Kruger, Matt Mulligan, Ross Bleckner, Sherrie Levine, Roni Horn e muitos outros. Representou o espírito e a boémia dos anos 80. Um grupo de jovens que se destacaram por serem impetuosos, sofisticados e com sentido do espectáculo. Mary Boone soube virar a página, abrindo caminho a uma nova estética. A sua galeria era sinónimo de práticas arriscadas e pictóricas. "Não me identifico com os dealers mais jovens que calibram tudo em termos do dinheiro obtido pelas peças que venderam. Actualmente, é preciso muito mais trabalho para vender algo que não esteja sendo disputado com milhões de dólares. Para mim, foi sempre sobre invenção, descobrir novos talentos. Acho que hoje todo o impulso é construído mais sobre aspirações financeiras". A
New York Magazine, em certa altura, qualificou-a de “A Rainha da Cena da Arte”. Passadas quatro décadas continua a ser respeitada. Não se tornou uma mogul bilionária, mas faz o seu trabalho com imensa dignidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário