Biden, má escolha

"Joe Biden é muito parecido com Clinton, mas pior em quase todos os aspectos mensuráveis. Questão após questão, Biden sempre esteve à direita de Clinton ao longo de seus 50 anos de carreira política. Ele tem um histórico de defender cortes no Seguro Social e no Medicare; ajudou a escrever a Lei do Crime de 1994 que levou a uma explosão no encarceramento em massa; desempenhou um papel crítico na aprovação da lei de falências de 2005 que retirou a protecção contra falências de algumas das pessoas mais vulneráveis. Biden também apoiou e defendeu a Guerra do Iraque .Esta lista continua. Além de seu registo extremamente problemático, que tornará difícil para os democratas ir atrás de Trump sobre, digamos, cortar a Previdência Social (que o próprio Biden apoiou há pouco tempo), Biden tem os seus próprios escândalos pessoais que tornarão muito difícil para ele atacar Trump como corrupto.
Embora os negócios de seu filho Hunter na Ucrânia possam não se qualificar como corrupção, foi sem dúvida anti- ético e desprezível que o filho de Biden fizesse um concerto de consultor com uma empresa estrangeira bem paga enquanto o pai era vice-presidente (e a recusa de Biden em reconhecer apenas esse conflito piora). O comportamento da família de Biden o assombrará nas eleições gerais. Como Ryan Grim escreveu no The Intercept em Outubro passado, o filho e o irmão de Biden estão “negociando o nome de família há décadas, aproveitando a implicação - e às vezes o argumento explícito - de que dar dinheiro a um membro da família de Joe Biden ganha o favor de Joe Biden.  Previsivelmente, a maioria dos eleitores acreditam que era inapropriado o filho de Biden aceitar um emprego na empresa ucraniana, e Trump explorará isso e o usará para defender o nepotismo e a corrupção de sua própria família.
Na preparação para a eleição geral, Biden, que recentemente lutou para reunir sentenças coerentes, daria ao demagogo Donald Trump toda a munição de que ele precisa. Recebemos uma pequena prévia do que esperar no comentário da Super Terça-feira do Presidente Trump: "O establishment democrata se uniu e esmagou Bernie Sanders, NOVAMENTE!"e Trump se gabou do Twitter, mais uma vez se posicionando como populista anti-establishment...". (Conol Lynch-Truthdig)