No seu novo romance "La Fièvre", a jornalista Aude Lancelin descreve, por meio de duas personagens, o movimento social mais importante dos últimos cinquenta anos. Clao: Os Coletes Amarelos. A jornalista que acompanhou de perto os acontecimentos de Outubro e Novembro de 2018, dedica-lhes seu primeiro romance. "Inspirado por Gustave Flaubert e Pierre-Joseph Proudhon, duas testemunhas das insurgências de 1848, tenta representar fielmente o povo em ação, com estilo e elegância, ao mesmo tempo em que descreve a cobardia das classes intelectuais, midiáticas e políticas" (Marianne).
O livro concentra-se principalmente em dois personagens. O primeiro, Yoann, Creuse desempregado e solteiro de 35 anos, é preso na famosa avenida parisiense após ter atirado uma pedra da calçada numa manifestação., Aude Lancelin conta o cotidiano das classes trabalhadoras da "França periférica", tão cara a Christophe Guilluy, mas há muito ignorada pelos políticos, tanto de esquerda como de direita. No mundo intelectual tal como nos é apresentado em La Fièvre, as questões sociais (notadamente feministas e anti-racistas) têm mais notoriedade do que a obsoleta luta de classes.
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