quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Traficantes revolucionários


Venezuela, um paraíso socialista. Ou um manicómio de corruptos. As prateleiras vazias nos supermercados, nem sequer há papel higiénico para limpar o rabo. Anos de incompetência fizeram a inflação subir upa, upa. A taxa do câmbio do bolivar no mercado negro agora é tão baixa que uma nota de cem vale 14 cêntimos. Os preços do petróleo em queda não ajudam e o país teve de começar a vender o seu ouro para fazer os pagamentos das obrigações contraídas. Os venezuelanos que, além da brutal perda do poder de compra, ainda têm de assistir ao espectáculo de altos funcionários do governo serem acusados de contrabando de drogas. Basta atravessar a fronteira com a Colômbia e fazer negócios, sem dúvida, lucrativos. Como se isso não bastasse dois dos sobrinhos de Maduro foram presos em Port-au-Prince, depois de terem contactado um informador da DEA, pedindo-lhe ajuda para contrabandearem cerca de 800 quilos de cocaína nos EUA. O destino seria Nova Iorque. Efraín Antonio Campo Flores e Francisco Flores de Freitas são sobrinhos do Cilia Flores, a influente esposa de Maduro. Como relata o Wall Street Journal, a primeira-dama colocou muitos dos seus familiares em cargos importantes no governo. Um outro sobrinho, Carlos Erick Malpica Flores, é o director financeiro da companhia petrolífera estatal e tesoureiro do país. Esta senhora, que trabalhou na equipa do líder Hugo Chávez, vai ser candidata às eleições legislativas de 6 de Dezembro. "O caso é muito embaraçoso para o Sr. Maduro, três semanas antes das eleições parlamentares. Pela primeira vez em 16 anos as sondagens sugerem que os socialistas poderiam perder o controle da Assembleia Nacional" (The Telegraph).  Mas, claro, a culpa é do imperialismo americano. A cassete preferida desta escumalha da América Latina que se afirmam revolucionários.

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