"A experimentação da hipótese comunista deve ser feita ou a jusante do Estado ou a montante dele. Uma experiência larga tem de ser internacional. É preciso não esquecer que
Lenine pensava a revolução na Rússia era apenas um prólogo da revolução na Alemanha. Aquilo que verdadeiramente mudou a história do mundo foi a derrota da revolta spartaquista em Berlim. Se os spartaquistas tivessem ganho, seria previsível que a revolução se estendesse a todo o mundo ocidental e capitalista. A Rússia é grande, mas enquanto laboratório da hipótese comunista era demasiado pequeno. Devemos aceitar que a escala para se realizar a hipótese não pode ser a tomada de poder num determinado país. Creio que esta é uma conclusão que tem de ser retirada deste balanço. Por outro lado, se não se aceita a ideia de uma hipótese comunista, somos obrigados a aceitar que chegamos ao fim da História....Porque a História é a história da luta de classes. Se o sistema capitalista mundializado for o sistema definitivo da humanidade, isso significa que ele é a-histórico". (
Alain Badiou, filósofo marxista-numa entrevista de
Nuno Ramos de Almeida)
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