quinta-feira, 14 de maio de 2020

Anti-capitalistas deixam Podemos

Miguel Urban, eurodeputado em Bruxelas da formação Unidas Podemos anunciou hoje que deixa a organização política liderada por Pablo Iglesias, mas mantém o lugar em Estrasburgo. Fundador da Esquerda Anti-Capitalista com Teresa Rodríguez integrada no Podemos, a cuja liderança deixam muitas criticas. Ou melhor, a Pablo Iglesias que, diga-se de passagem, é uma grande fraude. Não é de esquerda, corre atrás do poder. É uma espécie de Catarina Martins, mas mais inteligente e bastante mais ilustrado. "Podemos nasceu como um movimento político contra as normas económicas e políticas do sistema. É óbvio que a estratégia mudou. Infelizmente, o Podemos não é hoje a organização que almejámos construir no início: o modelo organizacional e o regime interno baseados em poderes e decisões centralizadores num pequeno grupo de pessoas ligadas a cargos públicos e ao Secretário-Geral deixa pouco espaço para o trabalho colectivo pluralista. É um modelo que não demonstrou ser eficaz em avançar no campo social: a organização militante e a força que Podemos possuía na época foram diluídas, desorganizadas e evaporadas. Com este modelo, sem que isso tenha sido traduzido, como tentavam justificar, numa melhoria nos resultados eleitorais ", sublinha o texto o do comunicado. Critica ainda que Podemos renunciou a manter a sua essência do movimento político contra as normas económicas e políticas do sistema. "É óbvio que a estratégia mudou. Para Podemos, o possível' foi progressivamente reduzido durante esses anos: do nosso ponto de vista, resta a tarefa de tornar possível o necessário. O ponto culminante dessa deriva é a estratégia de co -governo com o PSOE",
Consideram que Podemos se subordina a curto prazo à lógica do mal menor, aceitando renunciar a suas políticas em troca de pouca e decisiva influência no conselho de ministros. Apesar da propaganda do governo, as políticas da coligação não rompem com a estrutura económica ortodoxa, não apostam na redistribuição da riqueza, reforçam radicalmente a esfera pública e obedecem às instituições neoliberais ".

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