JACOBIN

A edição da revista Jacobin cobrindo a inauguração apresenta um ícone simulado, completo com um halo ao redor da cabeça de Biden, Clintons como serafins e drones assassinos angelicais no céu. Alguns parecem não perceber que é sátira.

A capa da edição de inverno de Jacobin, que foi lançada horas depois de Joe Biden tomar posse como 46º presidente dos Estados Unidos, zomba impiedosamente do hábito americano de tratar seus políticos como celebridades. Dando o próximo passo lógico, ele reimagina o novo presidente como um messias, pegando emprestado imagens da iconografia cristã tradicional. Foi o que fez o NYT e CNN. A figura enorme e sem camisa de Biden é mostrada cercada por 'espíritos sagrados' do Twitter e 'santos'. Os últimos incluem líderes democratas ajoelhados no Congresso dos Estados Unidos, Dr. Anthony Fauci, jornalistas bajuladores e devotos da classe gerencial consumindo avidamente a 'escritura sagrada' do que é provavelmente a última biografia de Barack Obama. O próprio ex-presidente é mostrado como um serafim de seis asas entre os também angelicais Hillary e Bill Clinton, com o trio olhando benignamente do céu. Uma multidão de leigos suburbanos usando máscaras na Terra celebra a ascensão de Biden.

 Alguns comentadores, no entanto, leram aquilo como uma genuína idolatria ao invés de um comentário político. "Preparem-se para lutar contra Biden.A saída de Donald Trump da Casa Branca é motivo de comemoração. Nossa tarefa agora é construir uma alternativa socialista democrática a Joe Biden - e nos opor à agenda neoliberal do establishment democrata", escreveu Ben Burgis no Jacobin há dias.

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@jacobinmag

Joe Biden has issued a raft of executive orders that are surprisingly progressive. But we know who to thank: the organized left, which has helped transform US politics.