Mesmo essa história de corrupção merece ser aprofundada. Não resta dúvida de que a esquerda do mundo, a partir de Craxi, se destacou pela tendência de se apropriar dos recursos públicos, não há dúvida de que o PT usou a Petrobras como caixa eletrônico e que Cristina cobriu um vasta área de corrupção. Mas a corrupção política subtrai recursos da sociedade cem vezes menos do que as grandes corporações capitalistas e cem mil vezes menos do que o sistema bancário tira da sociedade. Na Itália, desde os anos 80, nos deixamos enganar por essa fixação de honestidade. Os honestos fizeram Craxi, concordaram, mas nos deram Berlusconi. É por isso que quando ouço a palavra honestidade, coloco minha mão na arma. Vamos voltar para a bomba. A agência de classificação de risco Fitch relegou o rating da Argentina com perspectiva negativa..Em outras palavras, a Fitch prevê (mas todos eles prevêem, na verdade) que o empréstimo fantástico que Christine Lagarde concedeu ao Sr. Mauricio Macri não pode ser devolvido dentro dos prazos prescritos. Com o que segue: os abutres vão cair na carcaça da economia argentina, e eles vão tirar a soja e o pouco que resta. Brevemente, porque Menem já tomou medidas para privatizar nos anos 90, o Fundo Monetário e os grandes bancos de empréstimos forçaram o governo kirchnerista a devolver aos poucos a dívida acumulada por Menem. Agora começa de novo, mas se na década de 1990 a carne da sociedade argentina estava florescendo, agora o corpo está reduzido a pele e ossos. Quando a nova dívida que Macri contraiu com os grandes sorrisos da sra. Lagarde chegará ao fim, eles serão lágrimas e sangue."
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