A Gray State, o documentário de Erik Nelson foi apresentado há dois dias no Tribeca Film Festival, em Nova Iorque. É sobre David Crowley, um veterano das guerras do Iraque e do Afeganistão, visionário e activista político do alt-right que se tornou cineasta em 2010. O projecto propunha-se representar um mundo onde as liberdades civis estavam sendo violadas por um governo federal excessivamente poderoso que pretendia transformar a América num país onde se impunha a lei marcial, a militarização da polícia e a vigilância de alta tecnologia. Em Janeiro de 2015, David Crowley foi encontrado morto na sua casa, junto com a esposa e a filha de 5 anos. O Dakota County Sheriff’s Office afirmou que as mortes lhe pareceram "suspeitas". Os teóricas da conspiração acreditam que ele e a família foram assassinados pelo governo dos Estados Unidos. "Fiquei fascinado por esta bizarra figura. Um poeta disse que os produtos mais puros da América enlouquecem e Crowley ficou louco. Politicamente, o meu filme é uma amostra dos loucos americanos. Mas não é só o lado político, tem a ver com a ideia narcisista de que se pode fazer um filme de Hollywood no nosso quintal. A cultura da selfie, ser uma estrela do You Toube... o epicentro de todas essas coisas diferentes que definem a América de hoje, infelizmente. Se Trump é o sintoma, eu acho que este filme é sobre a doença", afirmou Erik Nelson que contou com a colaboração de Werner Herzog que, na posição de director executivo, "me ajudou a manter a sanidade mental".
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