segunda-feira, 24 de abril de 2017

Carlo Scarpa

Enquanto Veneza se prepara para a Bienal, a editora Phaidon presta homenagem a Carlo Scarpa, lançando uma monografia sobre este arquitecto modernista que teve uma forte intervenção na cidade onde nasceu em 1906. Aos 14 anos matriculou-se na Academia Real de Belas Artes. Desde cedo "aprendeu a olhar as coisas para ver o que era novo e diferente no mundo moderno", observa Robert McCarter no livro. Na cidade ilha encontra-se quase todo o seu trabalho, incluindo pavilhões, casas, igrejas e salas de exposição. "Na minha arquitectura, todos os edifícios existentes formam uma parte do ofício", sublinhou Scarpa que também animou os antigos ofícios de construção venezianos, entendendo que a inovação do design está ligada às tradições estabelecidas. Também produziu para empresas peças em vidro que revelam uma incessante atenção aos detalhes. Foi um ávido coleccionador de livros sobre arquitectura modernista, arte, poesia e prosa. Reunia-se com artistas e intelectuais no Café Florian e na livraria Il Campanile cujo dono era um anarquista.

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