Morreu Vito Acconci, um pioneiro radical da performance que usou o seu corpo para explorar temas de voyeurismo, sexualidade, narcisismo e identidade. A causa da morte foi um acidente vascular cerebral, de acordo com o dealer e curador Kenny Schachter que colaborou durante anos com este artista que começou como poeta no início dos anos 60. Nascido no Bronx em 1940, filho de um fabricante de roupões, foi um dos maiores inovadores no campo da pesquisa visual, arquitectura e arte pública. Inquieto, crítico do sistema artístico e alérgico às modas entrou em conflito com os códigos do sistema político-cultural. Explorar territórios diferentes era para ele a única maneira de buscar um sentido genuíno no impulso acto criativo. "I never like art", disse numa entrevista. Um criador que odiava a palavra arte. A imagem, em baixo, é da galeria ConTEMporary do meu amigo Kenny Schachter que fica na West Village, em Nova Iorque. Foi ali que conheci Accconci, o autor daquele espaço cinzento, metálico e escultórico. O oposto do normalizado cubo branco.
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