Thomas Friedman, o famoso colunista do
New York Times que já ganhou três Prémios Pulitzer aconselhou recentemente a administração
Trump a apoiar o Estado Islâmico na Síria, enquanto luta contra a organização terrorista no Iraque. Esta política contraditória e perigosa, segundo o respeitado democrata, servia para "impor pressão suficiente sobre Assad, Rússia, Irão e Hezbollah" que seriam obrigados a concordar negociar a saída do presidente sírio. O objectivo principal é derrotar a Al-Assad e seus partidários. Considera o Daech territorial um aliado estratégico, embora saiba que a organização terrorista é uma ameaça para a nossa civilização. Este influente colunista parece achar que as cruéis acções do Estado Islâmico são aceitáveis quando praticados em países considerados hostis ao governo dos EUA e seus aliados. Incentiva
Donald Trump para ser "ele mesmo", um personagem que já tinha qualificado como "totalmente cínico e imprevisível". Agora acredito que a administração
Obama, um ídolo de Friedman, esteve envolvida com o Daech. Pelo menos, de acordo com o especialista britânico
Christopher Davidson, era visto como um "activo estratégico indirecto". Suportado pela CIA e os seus parceiros na Síria em 2012. Segundo o jornalista
Max Blumenthal, o
senhor Friedman é o porta-voz dos radicais dentro do Estado de Segurança Nacional dos Estados Unidos. Já tinha defendido o mesmo tipo de argumentos para encorajar Obama a apoiar os grupos jihadistas
Ahrar al-Sham e a Frente
Al-Nusra, o ramo sírio da
al Qaeda. Mas esta recomendação de apoio militar ao "Estado islâmico" na Síria não tinha sido feita por uma personalidade de tal importância no debate público americano com argumentos tão claros e explícitos.
Thomas Friedman é um forte apoiante da instrumentalização do ISIS contra Assad, confirmando que os falcões americanos enfrentam uma potencial mudança de paradigma na presidência de Trump.
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