Era um perfeito homem do Renascimento. Escritor, editor e director criativo foi uma das figuras que contribuiu para moldar a identidade cultural de Nova Iorque nos anos 80. Fez muitas coisas no mundo da arte, da escrita, do estilo. Nunca parou, até ao fim. Juntou-se à equipa editorial da revista Interview de Andy Warhol, participando no movimento criativo da Factory. Ajudou a fundar a Bomb Magazine e a Rolling Stone. Mas uma das suas realizações mais marcantes foi o TV Party que descreveu numa entrevista como um programa não estruturado, "quase uma verdadeira festa" com música, conversas e pessoas divertidas. O seu companheiro desta caótica aventura televisiva era Chris Stein, o guitarrista dos Blondie. Durou quatro anos. A lista dos convidados frequentes incluía David Bowie, David Byrne, Robert Fripp, B-52, Chris Burden, George Clinton, Iggy Pop, Steven Meisel, Mick Jones, James Chance, John Lurie, Klaus Nomi, Kraftwerk, Screamers, Robert Mapplethorpe, Jean-Michel Basquiat, Nile Rodgers, Kid Crioulo, Alex Chilton, Arthur Russell, David McDermott e Charles Rocket e Jean-Michel Basquiat que, ainda desconhecido, graffitou o pequeno estúdio onde acontecia a acção subrealist. (uma palavra que inventou para contrapor ao surrealismo). "A TV mass mind é um arquétipo sofisticado de idiotice informada, criado após anos de pesquisa pelo governo, media e indústria. O baixo nível de inteligência manifesto é muitas vezes criticado pelos intelectuais, mas na prática é universalmente aceite pelos mesmos intelectuais e pessoas sofisticadas de todos os tipos, porque o mau gosto e a estupidez são apresentados como resultado da Democracia em Acção. A realidade é a última questão política", disse Glenn O`Brien.
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