Durante quase cinco décadas,
Jimmie Durham trabalhou numa justaposição singular de materiais, explorando o mundo moderno com a sua sensibilidade aleatória. Compilando tábuas quebradas de madeira, tambores de petróleo recuperados, sinais, vidro soprado e outros objectos, as suas assamblages mergulham na paisagem moderna. O Museu
Hammer de Los Angeles, apresenta até 7 de Maio uma exposição deste artista americano com o título de
At The Center of the World. Há anos, numa entrevista,
Durham disse que a sua prática artística reside na ideia de que "algo acontece longe da linguagem". Nascido numa comunidade Cherokee em Washington, Arkansas, em 1940, abandonou a sua actividade como líder do Movimento Indígena Americano no final dos anos 1970, contudo um remanescente político continua a percorrer o seu trabalho. Expressou a sua posição "contra a arquitectura, contra a narração e contra a estrutura". Afirmou também que tinha um problema com a arte. "A arte é uma categoria falsa. N não sei do que estamos falando quando dizemos arte". Nos anos 60 mudou-se para Genebra: "O FBI estava incomodando os jovens rotulados de subversivos, o ambiente ficou muito pesado. Nos anos 70 perdemos mais de 300 membros do movimento indígena, foram assassinados pelo FBI e pela polícia. Também mataram perto de 100 mil Panteras Negras. Mas os EUA mudaram. Agora todos os povos oprimidos são génios. Uma ideia idiota comprada de Hollywood".
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