Eu adoro o trabalho e a personalidade intelectual do americano
John Miller. Artista, escritor, curador e músico, aponta em várias direcções criativas. É um personagem muito eclético. Estive na inauguração de uma exposição dele em 2012 na Galeria
Metro Pictures intitulada
Everything Is Said que mostrava pessoas chorando na TV. Baseada num reality show. Começou a expor em espaços alternativos como Artists Spaces, White Columns e The Kitchen e finalmente na Metro Pictures onde está há desde os anos 80. Participa numa banda electrónica virtual e numa banda country, chamada
Cornichons que vi actuar na the Kitchen em 2013 onde também se apresentou
Arlo Lindsay. Quando acabou o curso de na Rhode Island School of Design, começou a fazer vídeo de maneira cinematográfica. Depois passou para o livro de artistas. Tocou com
Mark Kelley na banda The
Poetics.Publicou vários livros sobre artistas e a questão da arte contemporânea. Os seus primeiros escritos,, ele argumenta que o artista não tem outra escolha a não ser confrontar questões sociopolíticas, o aparato ideológico envolvido na produção de "artefatcos" culturais e, portanto, o corpus teórico (seja Walter Benjamin, o Escola de Frankfurt, ou escritos feministas e pós-estruturalistas) que permitem (re)conceber essas dimensões da arte. De textos "polémicos" a extensos ensaios teóricos sobre Ed Ruscha , Bruce Nauman ou John Baldessari.
"Miller é um dos analistas mais eruditos e sofisticados do pensamento mais complexo do pós-guerra." escreveu
Liam Gillick. Entre contemporâneos como
Mike Kelley e
Jim Shaw , mas também Tony Oursler e Stephen Prina, John Miller (nascido em 1954 em Cleveland, Ohio, vive e trabalha em Nova Iorque, passando temporadas em Berlim. Usando géneros completamente estereotipados (pintura figurativa, fotografia de viagem, pintura de paisagem etc.), Miller, como Sherrie Levine e Richard Prince, desde o final da década de 1970, desafia a função do autor e a perda concomitante de aura da obra de arte. No entanto, essa crítica é para ele apenas um meio de revelar o aspecto reprimido dos agregados ideológicos da cultura ocidental capitalista do dia-a-dia.
John Miller tornou-se, em 1987, editor dos EUA da
Artscribe e fundou a
Acme Journal em 1991. Nas últimas duas décadas, ele escreveu intensamente e publicou textos no Artforum ,October e Texte zur Kunst , bem como em numerosas publicações em museus. Ele ensinou arte na Universidade de Columbia, na Escola de Arte Visual de Nova Iorque na Universidade de Yale e na Cooper Union.
Sem comentários:
Enviar um comentário